... tanto bate até que fura!" Bem que se pode utilizar este ditado popular para sintetizar a partida entre a Juve e o Milan, com os bianconeri a dominarem por completo praticamente todo o encontro, desperdiçando várias ocasiões soberanas de gol até perto do apito final, altura em que a estrelinha da sorte, finalmente, bafejou os juventini com os dois gols do triunfo. Um ressalto e um frango, ambos consumados por Marchisio, conferiram inteira justiça ao marcador e asseguraram a manutenção da liderança na Série A.
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Marchisio chuta para marcar um de seus gols: o meia foi o autor dos dois tentos na vitória juventina |
Conte, excelente motivador, apostou forte no reforço do meio-campo, com Pirlo ligeiramente recuado em relação a uma linha de quatro meias. O antigo rossonero voltou a realizar exibição magistral, bem complementado por Marchisio e Pepe. Quem voltou a desiludir foi Krasic, bastante apagado, substituído no início da segunda parte pelo endiabrado Giaccherini, que dinamizou bastante o flanco esquerdo. Dinâmica também não faltou a Vidal, sempre em alta rotação, faltou sobretudo concentração e discernimento na finalização e no último passe. Chiellini voltou à posição original de lateral esquerdo, fazendo esquecer as últimas precárias atuações. Barzagli continua em grande forma, assumindo-se como o patrão do setor defensivo, tendo formado ótima dupla com Bonucci, fator decisivo na noite quase descansada de Buffon. Apenas uma defesa digna de registo para o portiere juventino. Não fossem as monumentais vaias cada vez que Ibrahimovic tocava na bola, parecia que o sueco nem tinha entrado em campo...
Partida extremamente táctica, com transições bastante rígidas e elaboradas, futebol rendilhado e de pé para pé. Milan expectante, Juve com a iniciativa. Vucinic foi sempre um quebra-cabeças para o último reduto rossonero e, apenas por manifesta infelicidade, não furou as redes de Abbiati. Profissionalismo, garra e atitude competitiva não faltaram no desempenho bianconero, pecando apenas por tardia a explosão festiva dos gols. Abbiati, o travessão e a ansiedade excessiva no momento da finalização impediram a obtenção de uma vitória mais expressiva. De qualquer modo é um sucesso retumbante perante o campeão, apaga os dois últimos empates e relança a Juventus na luta pelos primeiros lugares. Scudetto? Ainda é cedo para previsões, mas se mantiver o futebol apresentado na última peleja é possível sonhar.
