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Hernanes comemora o gol de empate da Lazio: eficiência foi crucial (ESPN) |
Não contente em se encrencar com adversários relativamente inferiores, a Roma hoje deu uma prova de que será osso duro de roer a vida do torcedor giallorosso. A pedra no caminho foi a grande rival Lazio, num dérbi emocionante (e quando faltou emoção nestes duelos?) que culminou em mais uma derrota romanista nesta Serie A.
Quem pensou que Osvaldo marcaria o gol solo da vitória da Roma deve ter se assustado com a postura covarde e acuada do plantel comandado por Luis Enrique. Tal como uma equipe pequena, os romanistas não souberam administrar a vantagem e com altas doses de inoperância, revelando a fragilidade e o desentendimento do elenco em relação às tantas novas chegadas.
Evidente que tem de se levar em conta o perigo de contratar um time inteiro de uma só vez. Bem, apesar das recentes vitórias, os problemas da agremiação grená seguem os mesmos. Meio campo pouco eficaz, ataque perdido (até mesmo Totti entra na brincadeira, bem marcado e já em idade avançada) e muitos erros nas finalizações. Os mais atentos vão dizer que Osvaldo tem feito os seus gols. Um gol em nove, dez chances não é lá um aproveitamento muito louvável.
Desta vez a tão elogiada (por minha parte, que fique claro) defesa deixou a desejar. Enquanto vencia, a Roma tinha bom papel na retaguarda, não fosse por Kjaer cometer pênalti, ser expulso e entregar o empate de bandeja para os eternos rivais, por que não inimigos. Hernanes deu números iguais ao cotejo, que tinha seu destino traçado na ofensividade laziale e na constante busca ao triunfo no dérbi, coisa que a matilha romanista não conseguiu desempenhar como deveria.
Deveria, gostaria, queria. Todas essas expressões hipotéticas foram desmontadas com o sufoco armado pelos celestes, que se aproveitaram da inferioridade numérica (e emocional) dos adversários para massacrar, assustar, incomodar e testar a capacidade de se defender e evitar um revés.
Que ocorreu nos acréscimos do clássico, pelos pés do infalível Klose, o maior artilheiro alemão em Copas. Sacramentando a queda da máscara de boa fase por parte dos giallorossi e acendendo o sinal de alerta para Luis Enrique, que como diria o poeta, terá de se virar nos trinta para manter o emprego e a sua Roma na briga por uma vaga para algo relevante na próxima época.
Ao fim, pela quarta vez nesta temporada e de forma retumbante: que romada!
