Mais Allegri do que nunca

Pelo seu trabalho como cartola dentro dos rossoneri, o brasileiro Leonardo virou ídolo do clube. Pelo seu trabalho como cartola, não como técnico. Quando foi para a beira do gramado, destruiu um time que fora campeão da Champions League duas vezes em um passado nem tão distante. Porém, sua popularidade permaneceu a mesma. Isso até ir para a Inter e virar o sujeito mais odiado da parte rubro-negra de Milão.


Mas enfim, isso é irrelevante no momento. O que é, de fato, relevante, é a performance de seu sucessor. Massimiliano Allegri chegou a Milão após boa passagem pelo Cagliari, com a missão de colocar no lugar um time que jogara um futebol sem graça e sem resultados durante a passagem do comandante brasileiro, hoje cartola do PSG. E cada vez mais o êxito desta estratégia fica evidenciado. Após ser campeão com campanha irretocável na última temporada, o time vai recuperando o tempo perdido. O tão esperado futebol bonito começa a ser mostrado.


Hoje, no confronto entre Milan e Lazio pela Coppa Italia, o time não teve atuação brilhante. Teve uma boa atuação, nada além disso. Porém, a dupla de ataque o comandante rossonero escalou chamou a atenção: Robinho e El Sharaawy foram a referência do 4-3-1-2 milanista, que teve Merkel (pela direita), Nocerino (pela esquerda) e Van Bommel (centro) assumindo a volância e Seedorf de trequardista. Além disso, houve a segura estreia de Mesbah, que mostrou não ser nenhum craque, mas um bom jogador, anos luz a frente de Antonini, Zambrotta e Taiwo.


Mas voltando à dupla de ataque rossonera, a velocidade e a habilidade dela chamaram a atenção. Robinho não é mais o "Rei das Pedaladas", muito menos o "novo Pelé", mas no Milan encontrou seu lugar ao sol, o que só encontrara no Santos anteriormente. Mesmo sem repetir as atuações que o fizeram ganhar as tão exageradas alcunhas, Robson apresenta lampejos da genialidade de outrora. Enquanto isso, El Sharaawy vive o que o brasileiro vivera anos atrás. Após boas atuações (incluindo a de hoje), o pequeno faraó é tido como uma das grandes apostas do futebol italiano atualmente. E a dupla deu certo.


Se aproveitando do fato de Ibrahimovic (titular incontestabilíssimo e principal destaque da Serie A nesta temporada) ter sido poupado, o ítalo-egípcio jogou ao lado de Robinho, fazendo uma dupla mais rápida e habilidosa, um futebol, podemos dizer... mais moleque, talvez um dos símbolos da era Allegri na equipe.


Além da suposta alegria do time, há de se destacar os resultados alcançados. Como o de hoje. Após sair perdendo rapidamente, o Milan não tardou a virar e dominar o jogo, se aproveitando, principalmente da partida ridícula do zagueiro André Dias, que falhou nos dois primeiros gols rossoneri. Além disso, o time adversário todo jogou mal e, quando chegou, Amelia salvou. Talvez a melhor partida do arqueiro reserva nos últimos tempos. Os gols foram marcados por Cissé, Robinho, Seedorf (um golaço) e Ibrahimovic. Sim, o sueco entrou no fim e não precisou de mais do que 10 minutos para fechar o caixão.


Enquanto nenhum título concreto é conquistado nesta temporada, pelo menos o futebol Allegri do Milan foi recuperado...

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