Análise tática: Milan 1 x 2 Juventus

Por Arthur Barcelos

Pela partida de ida das semifinais da Coppa Italia, Milan e Juventus se enfrentaram em Milão e quem se deu melhor foi o time de Turim, que, com alguns reservas e com os novos reforços, mostrou mais vontade e manteve a invencibilidade na temporada (24J, 15V, 9E e 0D – o único time invicto nas principais ligas europeias [Premier League, Serie A, La Liga e Bundesliga]).
Sem muita novidade quanto à parte tática Allegri armou o Milan no habitual 4-3-1-2, com cinco reservas. Acuado, o rossonero tornou-se independente das jogadas individuais do jovem El Shaarawy, graças ao sumiço de Seedorf, o (ir)responsável pela armação das jogadas, e de Ibrahimovic, anulado pelo trio de zagueiros juventinos. Outro ponto a se destacar é a fraqueza nas jogadas laterais, muito por culpa dos nulos Bonera e Antonini - defensiva e ofensivamente.
Já a Juventus de Antonio Conte foi a campo contando com a presença dos estreantes Padoin e Cáceres, recentemente contratados, e dos reservas Giaccherini, Estigarribia, Borriello (também contratado nesta janela) e Del Piero. O técnico, e ídolo nos bianconeri, optou pela utilização do 3-5-2 (desdobrado em 3-1-4-2) que geralmente é usado contra equipes que jogam com três defensores – o que também ocorreu contra a Roma, que joga no 4-3-3, pela Coppa Italia.
Os times fizeram um primeiro tempo bem sonolento, sem muitas chances criadas, já que ambos se anulavam. Entretanto, quem lutava mais pelo jogo era a Juventus, que pecava no “último passe”.
Na volta do intervalo, sem alterações nos times, os rivais voltaram com maior vontade e os gols não demoraram para sair. Aos 9′, a Juventus recuperou a bola no meio-campo, Del Piero lançou Borriello que chutou para a defesa de Amelia, porém, o goleiro deu rebote e a bola sobrou para Cáceres, livre de marcação, fazer 0-1. A partir de então, o jogo cresceu ainda mais, com um Milan em busca do empate.
Allegri sacou Emanuelson para a entrada de Robinho, reposicionando Seedorf mais atrás e o brasileiro na posição antiga do camisa #10 rossonero, mantendo o 4-3-1-2. Com Robinho, o time ganhou maior mobilidade na frente, provocando por vezes uma variação para o 4-3-3. E logo após a entrada do meia-atacante o gol de empate saiu, mais precisamente um minuto após. Aos 18′, Seedorf passou para Ibrahimovic, que lançou Antonini na ponta-esquerda, o lateral levantou a bola na área, Ambrosini tocou para Robinho que vinha de trás, porém o camisa #70 escorregou e a redonda sobrou para El Shaarawy, disparado o melhor em campo pelo Milan, que não perdoou e fez 1-1.
Logo depois, Conte promoveu três mudanças: Marrone (Padoin), Quagliarella (Del Piero) e Vucinic (Borriello). Manteve o 3-1-4-2, e com a mesma proposta. O jogo continuou bom, com as equipes buscando o empate. Ibrahimovic teve um gol anulado (segundo o árbitro dominou a bola com a mão) e Vucinic perdeu uma boa chance. No entanto, aos 39′, em novo contra-ataque, Giaccherini foi acionado na esquerda, o “baixinho” fez o cruzamento, a defesa do Milan afastou, mal, e a bola sobrou, novamente, para Cáceres. O ala acertou belo chute no ângulo do adiantado Amelia. 1-2.
Na base do abafa, Allegri colocou, erroneamente, Maxi López no lugar de van Bommel. Porém, ao invés de investir em levantamentos na área, o time não fez sequer um cruzamento bem feito para aproveitar a altura de seus atacantes. No 4-2-1-3, pressionou, porém não conseguiu o empate.
Com o triunfo em Milão, a Juventus tem agora a vantagem no jogo de volta, em seu estádio. Enquanto o Milan terá de suar para reverter o mau resultado. Pela Serie A, a líder do campeonato pega o Bologna, fora de casa, enquanto o Milan pega a Udinese, também fora de casa.

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