Ibracadabra


Por Rodrigo Moraes 

Sueco, quase dois metros de altura, um nariz de dar inveja a um bando de tamanduás-bandeira e um sapato tamanho 50. Com esses atributos, o que lhe vem a cabeça? Não, não estamos falando de mais um novo aspirador de pó, com base, que são vendidos na madrugada, em um desses canais de venda 24 hrs. Muito menos da nova estrela do basquete na NBA. Dificilmente alguém pensaria em um dos melhores atacantes em atividade no mundo atualmente.

O Big swede do futebol mundial, o poste nórdico com mais mobilidade nas quatro linhas do que muito atacante franzino. Estamos falando, obviamente, de Zlatan Ibrahimovic. O atual camisa 11 do Milan, desde seu surgimento para o futebol, traz consigo a pecha de melhor produto da Suécia desde os machados e elmos dos Vikings. 

Ibracadabra iniciou sua carreira profissional no  Malmö FF. Com 40 partidas oficiais e 16 gols no total, não demorou muito para que os olheiros de um grande clube encontrassem o promissor avante. Em 2001, Zlatan se transferiu para o Ajax, onde permaneceu até 2004. Tendo em seu time as companhias de Stekelenburg, Maxwell, Chivu e Rafael Van der Vaart, o Godenzolen, e Ibahimovic, conquistou a Eredivisie nas temporadas 2001/2002, além da Copa da Holanda nesta temporada, e 2003/2004. Com impressionantes 35 gols marcados em 74 partidas oficiais, Ibrahimovic novamente parecia ser grande demais para o clube em que jogava.

O futuro do sueco estava na Itália, no maior clube da Península: a Juventus de Turim. Ibra chegou a la Vecchia Signora no começo da temporada 2004/2005, a pedido do recém contratado Fábio Capello. A primeira temporada com a camisa juventina foi excelente, conquistando o Scudetto pelo time de Turim. A temporada seguinte, 2005/2006 não foi das melhores para o sueco, mas outro Scudetto foi acrescido ao seu currículo. No fim das contas, com o escândalo do Calciopoli, os títulos conquistados pela Juventus foram retirados e a equipe foi rebaixada. Assim como várias estrelas, Ibra abandonou o barco, e rumou para Milão.

Em sua nova casa, a Internazionale, a carreira do sueco chegou ao ápice. Em 3 temporadas com a camisa nerazzurra, Ibrahimovic conquistou 3 Scudetti e duas SuperCopas italianas. Todavia, nem tudo foi bom na passagem pela Inter. Com sucessivos fracassos e atuações apagadíssimas nos torneios continentais, por todos os times que passou, o atacante sueco segue com a fama de um sucesso nas ligas nacionais, e uma dececpção a nível internacional.

Essa situação poderia ter mudado quando Ibrahimovic se transferiu para o todo poderoso Barcelona, em 2009/2010. Novamente, um título de liga caseira, dessa vez La Liga, foi conquistado e, para comprovar o enorme pé frio do sueco nas competições continentais, a Internazionale venceu o Barça de Ibra na semifinal, e seguiu para a conquista do título da UCL 2009/2010. Ao final da temporada, após alguns desentendimentos com Pep Guardiola, e sua total falta de adaptação a filosofia culè, Ibra se mudou novamente.

Zlatan chegou ao Milan em 2010/2011. Arrumou o ataque milanista (que dependia de Pato e Borriello) e, junto de um novo técnico, Allegri, quebrou a sequencia de títulos da Internazionale e conquistou sua 7ª liga nacional em sequência (sem contar as da Juventus, lógico), dando o 18º Scudetto ao rossonero de Milão. Enquanto isso, no âmbito internacional, a saga de fracassos continuou, com a desclassificação ante ao Totteham, nas oitavas de final da UCL.

Nesta temporada, Zlatan Ibrahimovic segue jogando em alto nível, sendo a principal peça do ataque do Milan. O técnico Allegri considera o sueco o único insubstituível do time. Em números, são  24 jogos no total, com 21 gols até o momento. Artilheiro da Serie A, com 15 gols em 18 jogos e outros 4 gols em 4 partidas disputadas pela UCL 2011/2012. Ainda marcou um gol na Copa Italia e um na SuperCopa italiana. Em ambas as competições ele jogou apenas uma partida

Aos 30 anos, Ibrahimovic não tem o provar em ligas caseiras. A piada é que o Campeonato Italiano é a disputa entre 20 clubes e vence quem tem Ibra no elenco. Agora, em nível internacional, ainda pairam muitas dúvidas sobre Ibra. E, nessa temporada, pelo Milan, ele pode eliminar algumas delas, ante ao Arsenal, tão dependente de um atacante (Van Persie) quanto o time vermelho de Milão.

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