A partida entre Catania e Milan, no estádio Angelo Massimino, abriu a 30ª Giornata do Campeonato italiano. Longe de ser um clássico, é lógico, todavia era a partida mais complicada no caminho do Milan até o final da competição, exceção feita ao Derby della Madonnina. Enquanto isso, pelo lados de ”Gli Elefanti”, essa partida era crucial pela luta por um lugar na próxima Europa League.
Com as atenções voltadas para a tabela, e para o 6º lugar que poderia ser toma da Roma, O técnico Vincenzo Montella ( conhecido como L'Aeroplanino) manteve a mentalidade ofensiva que lhe rendeu o empate na partida contra o Napoli e armou os elefantes em um 4-3-3 com o maior número de argentinos titulares que podia.
No Milan havia a marca do Barcelona ainda. Um pouco do próximo confronto, que vale classificação para a semifinal da UCL 11/12 e muito mais da última partida, eletrizante, mas que exigiu fisicamente muito dos atletas. E como as lesões vêm aos lotes na equipe de Massimiliano Allegri, basicamente o mesmo time que jogou na quarta feira foi a campo contra o Catania, no 4-3-1-2 habitual.
Com a postura blasé que se vêm em todos os jogos contra equipes de menos expressão, o Milan se retraiu e deixou a equipe anfitriã dominar as ações ofensivas durante os 20 primeiros minutos. Com toque envolvente, o trio portenho do ataque do Catania rondava a área de Abbiati sem, entretanto, oferecer perigo direto de gol, tendo apenas uma chance com Bergessio, pelo lado direito, que chutou para fora. Após este começo lento, o Milan começou a impor seu ritmo de jogo, com passes laterais no meio campo e bolas longas buscando um sumido Ibrahimovic.
Como de costume em partidas assim, O Big Swede faz o mínimo possível de esforço e resolve, de algum jeito. A primeira participação de Ibra rendeu um ótimo passe para Emanuelson, que driblou o zagueiro e chutou, parando em boa defesa de Carrizo. Na sequência, após ligação direta com a defesa, Ibra dominou a bola na entrada da pequena área e viu Carrizo, com o pé, tirar a bola do seu alcance. Para o Catania, Bergessio teve nova chance, em cruzamento de Motta, mas cabeceou para fora.
O desperdício desta chance foi castigo logo em seguida. Em boa atuação de pivô, Ibra escorou a bola, na entrada da área, para Robinho e o pedalada-boy chutou certeiro, o que é raro, vencendo Carrizo, abrindo o placar, aos 34 minutos, e fazendo o Milan reduzir a velocidade do jogo, dominando a posse da bola até o fim da primeira etapa.
A etapa complementar começou exatamente como a primeira. O Milan cansado, recuado, esperando os ataques do Catania. Mas, desta vez, o resultado foi diferente. Em uma das primeiras jogadas, o Catania chegou ao gol, com Gomez, mas a jogada havia sido parada pela marcação de um impedimento. O gol de empate, válido, surgiu em cobrança de escanteio de Gomez, pelo lado esquerdo, e após aparada de Legrottaglie para o centro da área, o zagueiro Spolli, aos 57 minutos, estufou as redes de Abbiati, igualando o marcador.
Deste ponto em diante o Millan voltou a dominar e teve quatro chances em sequência para empatar, mas não obteve êxito. A principal delas surgiu dos pés de Robinho que, em velocidade, driblou toda a defesa do Catania, inclusive o goleiro Carrizo, e bateu fraquinho para o gol. Em minha opinião, após a bola ter cruzado sutilmente a linha de gol, Marchese a afastou dalí. O gol não foi confirmado pelo árbitro Mauro Bergonzi e o jogo seguiu empatado.
Faltando 5 minutos para o fim da partida, com seus reflexos sempre 10 minutos atrasados, Allegri ainda colocou o Milan em um 4-3-3, colocando El Shaarawy e Maxi Lopez em campo, mas pouco adiantou.
É lógico que um empate com o 8º colocado no campeonato não é um resultado a ser considerado ótimo. Mas, neste caso, é completamente compreensível, tendo em vista o desgaste que a equipe do Milan apresentou. O confronto contra o Barcelona exigiu demais de todos os setores da equipe e, sem peças de reposição, por terem as lesões dizimado boa parte de seu plantel, o empate fora de casa não pode ser considerado o pior dos pesadelos.
O contraponto aconteceu na vitória maiúscula da Juventus, em partida contra o Napoli. Agora, a distância é de apenas 2 pontos entre Milan e La Vecchia Signora.
