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Bons tempos? (Serie A Weekly) |
Foi difícil, mas a Roma alcançou sua primeira vitória nesta edição da Serie A. Com grandes problemas na finalização, a giallorossi passou por muita pressão no início da temporada, muito pela eliminação em casa frente o Slovan Bratislava.
A inoperância dos homens de frente ficou evidenciada no duelo contra a Inter, um dérbi em que os dois rivais se encontravam em situação delicada. O empate serviu para que Luis Enrique e Gian Piero Gasperini ficassem na corda bamba e o segundo caísse uma semana depois.
O espanhol comandante da Roma seguiu no cargo e conseguiu sobreviver a outro empate, desta vez com a Siena, em gol sofrido nos últimos minutos de jogo. Eis que no fim de semana, a luz no fim do túnel foi acesa e os romanistas finalmente bateram o Parma, por 1-0.
O perrengue giallorosso pode ser explicado de várias formas. Ao analisarmos cada atuação do elenco, percebemos uma leve inconstância no esquema. Em dado momento, a defesa se porta de forma excelente, o meio campo municia os atacantes e eles arrematam. No papel, tudo certo. Estaria mais certo se na prática a bola balançasse as redes.
Seria fácil demais apontar a defesa como o principal fator a definir as derrotas e empates da Roma, contudo, como diz o poeta, não é assim que a banda toca. Grande parte da responsabilidade pelos insossos 1-0, 1-1, 0-0 está caindo sobre os atacantes. Afinal, que diacho de equipe passa 90 minutos pressionando e não consegue marcar? Este fenômeno levou Luis Enrique a pensar que deveria trocar um ou dois nomes dos onze iniciais.
Contra a Cagliari, o ataque foi formado por Bojan-Osvaldo-Totti. Bojan teve participação lamentável e pouco ajudou, Osvaldo cansou de perder gols e Totti... bem, este não deve ser sacado em hipótese alguma além de contusões ou cansaço extremo. A saída foi apostar em Borriello e Borini para a segunda etapa. Ao fim do cotejo, revés de 2-1 em casa e um gol marcado por De Rossi no soar do gongo.
No dérbi, o mesmo sistema 4-3-3, com Borini-Osvaldo-Totti, afastando o péssimo começo de Bojan na equipe. Mesmo panorama. Muitos chutes, poucos ao gol e chances claras desperdiçadas, tanto na conclusão quanto na armação. Borini estava ansioso demais. Borriello entrou para tentar salvar os companheiros, mas não obteve êxito. 0-0.
Com a pulga atrás da orelha, Luis Enrique mexeu outra vez contra a Siena. O ataque foi composto por Borriello-Osvaldo-Totti, com Il Capitano sempre mais recuado, cuidando da armação. Osvaldo desencantou, o time teve seu primeiro lampejo de criatividade e tudo corria bem. Até que aos 88, Vitiello deu números iguais à peleja. 1-1.
Não podendo mais titubear na tabela, veio o confronto contra o Parma, no Ennio Tardini. Começaram Borini-Osvaldo-Totti e aos 50, Osvaldo deixou novamente sua marca. Ficou visível que Luis Enrique não poderia tirar o argentino naturalizado italiano e muito menos Totti, força decisiva na Roma desde que esta o tem como titular, em meados dos anos 1990.
O espírito de liderança de Francesco é algo que La Maggica nunca terá com outro atleta, que dirá com o vice-capitão, De Rossi. Por outro lado, é importante que se dê tempo para que Osvaldo se ajeite da forma ideal com o restante do grupo.
Fica a interrogação para quem ocupará o terceiro posto no setor, ou se Enrique irá manter uma formação com três homens de frente. Com a volta de Lamela ou até mesmo a inclusão de Gago nos onze iniciais, o serviço de fazer a bola chegar até a área fica de certa forma mais fácil. Não há necessidade de forçar um estilo que não funciona, talvez isso que o técnico romanista ainda não tenha entendido, no alto de seu dinamismo e sabedoria futebolística trazida das canteras do Barcelona.
Alguém arrisca um bolão para quem irá alinhar ao lado de Totti e Osvaldo neste fim de semana contra a Atalanta? Borini, Borriello ou Bojan?
