
A Lazio fez seu dever de casa contra o fraquíssimo Zurich nesta quinta, no Olimpico de Roma. A equipe de Rocchi venceu os suíços por 1 x 0, gol do quase xará Brocchi, alguns minutos depois de entrar em campo.
Encarando um adversário determinado, a celeste de Roma não jogou tudo o que podia mas foi cirúrgica e precisa, fazendo apenas o necessário para conquistar a vitória, mesmo com um desempenho muito abaixo do mostrado na Serie A do Calcio onde vem bem demais. Hernanes no banco só ilustra a falta de interesse da atual 3ª colocada da Itália na competição.
Longe do futebol apresentado pelo líder de sua chave, o Sporting, a Lazio tem força para ir longe na competição (particularmente a considero uma das favoritos ao título), pois em seu elenco tem artilheiros como Klose e Cissé formando sua dupla de ataque titular e o sempre disponível e goleador Rocchi. Aos poucos Hernanes vai se consolidando como um dos grandes meio-campistas da Itália e da Europa, arrisco dizer e tem ao seu lado na Lazio vons nomes como Cana, Ledesma, Brocchi, Lulic e Mauri. O problema continua sendo a defesa, comandada pelos fracos André Dias e Biava, muitas vezes violentos e lerdos para acompanhar o ataque adversário.
Se formos comparar com o elenco da temporada passada, no gol, o irregular Muslera (em alguns jogos pega tudo, em outros leva cada frango...) deu lugar ao excelente e regular Marchetti, que costuma ser decisivo nas grandes vitórias romanas. Equilibrado, este plantel laziale é suficiente para boas campanhas na UEFA Europa League e na Serie A, ainda que Reja seja um técnico virgem (nunca conquistou nenhum título em sua - vasta - carreira de treinador). Experiência ele tem de sobra, mas falta um algo mais para disputar e ganhar campeonatos.
Seja por meio de vitórias por 1 x 0, 2 x 1 ou não, a Liga Europa é marcada por grandes quedas e surpresas interessantes, como os títulos de equipes desconhecidas até o momento como o Zenit e o Shakhtar, recentemente. Os clubes tidos como titãs, gigantes do futebol mundial, pouco ligam para o troféu de "segunda escala" na Europa, facilitando a vida dos pequenos e médios do futebol europeu que buscam títulos e reconhecimento.
Por fim, uma participação decisiva da Lazio nesta "competição secundária" depende única e exclusivamente de uma dedicação maior por parte dos atletas e da comissão técnica. Cair fora da UEL de forma precoce irritaria uma torcida já não muito tolerantes, e um classificação para as quartas ou semifinais traria de voltar o espírito competitivo da equipe no início dos anos 2000.
