O que esperar da Azzurra na Eurocopa?

Por João Pedro Almeida, @tdsobreocalcio


Após campanha irretocável na fase de Eliminatórias, a Itália vai à Eurocopa como uma das favoritas ao título, para, entre outras coisas, apagar a vexaminosa campanha na Copa da África. O encarregado de realizar a árdua tarefa de levar a Azzurra ao lugar mais alto do pódio (o que só ocorreu em 1968, quando a competição foi sediada na Velha Bota) é o técnico Cesare Prandelli, que assumiu após a Copa do Mundo de 2010, quando a equipe comandada por Marcelo Lippi foi eliminada ainda na primeira fase.

A campanha nas Eliminatórias foi espetacular. O primeiro lugar de seu grupo foi conquistado com dez pontos de diferença para a segunda colocada, a seleção da Estônia. A seleção italiana terminou invicta, com oito vitórias em dez jogos. 

Porém, nem tudo foi do jeito esperado. O sorteio dos grupos para a competição em si não favoreceu os comandados de Prandelli. O grupo C será dividido com a sempre surpreendente seleção da Croácia, a Espanha, atual campeã do mundo, e a Irlanda, do técnico italiano Giovanni Trapattoni. Vale lembrar que essa mesma Irlanda só não foi para a Copa por causa daquela mão de Henry.

Aliás, com exceção do grupo A, que é formado por República Tcheca, Grécia, Polônia e Rússia, todos os grupos são difíceis. Portanto, se apresentar um futebol semelhante ao apresentado na última Copa do Mundo, as chances da Itália serão quase nulas.

Por causa da "fatalidade" que ocorreu na última Copa, está tendo uma renovação no elenco da seleção. A jovialidade do plantel foi uma questão discutida depois do time de alta média de idade que foi para a Copa ter tido campanha tão ruim. Nomes como Vincenzo Iaquinta (32 anos), Gennaro Gattuso (34 anos) e Mauro Camoranesi (35 anos) foram substituídos por Mario Balotelli (21 anos), Antonio Nocerino (26 anos) e Luca Cigarini (25 anos), todos esses extremamente bem-sucedidos nesta temporada europeia.

Fabio Grosso e Gianluca Zambrotta, por exemplo, foram convocados para a Copa e hoje em dia amargam a reserva de seus times, assim como Gattuso e Iaquinta (que na verdade acabou de ser vendido para o Cesena). E muito disso se deve à renovação não só da seleção, como dos clubes italianos também.

De qualquer maneira, as mudanças são de certa forma sutis. A seleção da última convocação de Prandelli se assemelha à da Copa, porém com novas apostas. Jogadores mais velhos como Pirlo, Di Natale e De Sanctis se mantiveram no plantel, devido às boas atuações em seus clubes.

O que acho é que o torcedor italiano tem que se animar com as esperanças de sua seleção, o que não acontecia há algum tempo. A mistura da experiência com a jovialidade e a junção do melhor da velha geração com o melhor da nova são os trunfos da Azzura para o tão esperado triunfo na Eurocopa, que não ocorre há 43 anos.

Enfim, juntando o que Prandelli fez com a minha opinião, eu escalaria um time assim (clique na imagem para ampliar):


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1 comentários

  1. Ótimo texto, João! Só acho que Balotelli e/ou Matri entram nesse ataque. Abraços

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