Por Arthur Barcelos ![]() |
Forlán lutou, suou, até marcou um gol e deu uma assistência, mas de nada adiantou (Foto: AP) |
E segue a má fase. De pouco serviu todo o esforço de Diego Forlán, que fez grande partida, e as mexidas de Claudio Ranieri, que, agora, tem ainda mais motivos para se preocupar com sua permanência no cargo técnico da Inter. A invencibilidade contra o Catania no Meazza foi mantida, mas e aí? São nove jogos sem vitórias, sendo sete derrotas, 19 gols sofridos e apenas seis marcados.
Quanto mais Moratti, o resto da diretoria e jogadores se omitirem, essa má fase continuará dominando Appiano Gentile. Contra o Catania mais uma amostra de como Ranieri está perdido. Primeiro por ter optado por um improdutivo 4-4-2, totalmente dependente dos lampejos de um esforçado Forlán, sacrificado ao ter que jogar como extremo-esquerdo. Segundo pela fragilidade defensiva, onde os lentos Lúcio e Samuel, além de Nagatomo, tomaram um verdadeiro baile dos sicilianos.
Nos gols isso ficou bem claro. Aos 20′, Lodi lançou Gómez nas costas de Nagatomo, o argentino limpou e chutou no canto esquerdo de Júlio César. 18′ mais tarde, Marchese recebeu de Almirón, impedido, novamente nas costas de Nagatomo, tocou para Izco, livre de marcação, nas costas de Zanetti e Samuel, que deu um simples toque na bola, o suficiente para a pelota entrar e a vantagem ser ampliada. Na ida aos vestiários, vaias da torcida interista.

Gómez agradece aos céus, mas poderia agradecer também Nagatomo, que deu todo o espaço necessário para o argentino marcar o primeiro gol (Foto: LaPresse)
Então Ranieri optou por Sneijder no lugar do jovem Faraoni, reposicionando o time num bagunçado 4-2-1-3, mantendo Forlán aberto na esquerda, mas com Diego Milito à direita. Além de ter colocado por depois Poli e Obi, nos lugares de Cambiasso e Palombo. Assim, o time tinha o domínio e a posse de bola, porém pouco (ou nada) criava, mesmo com Sneijder e Forlán batalhando contra a forte marcaçãorossazzurri. O time só conseguiu levar perigo em duas bolas paradas, enquanto a defesa continuava a dar sustos no torcedor e Júlio César tinha que desdobrar para manter o 0-2 no placar.
Então, aos 71′, Forlán recebeu de Sneijder na ponta-esquerda, cortou Marco Motta e acertou bom chute com a canhota, Carrizo se atrapalhou e deixou a bola entrar, diminuindo a vantagem e o uruguaio quebrando um jejum de 525′ que a Inter não marcava gols, enquanto o próprio marcava apenas o seu segundo com a maglia nerazzurra (o outro foi na segunda rodada da Serie A, na derrota para o Palermo por 4-3).
Aos 80′, Forlán recebeu e viu bem Milito sozinho na entrada da área, passou para ‘Il Principe‘ que não perdoou o vacilo siciliano, acertando ótimo chute no ângulo de Carrizo e chegando ao seu 13º gol na Serie A, acabando com um jejum de um mês sem marcar gols. Final de jogo, mais vaias da torcida.

Ao menos Milito e a Inter voltaram a marcar (Foto: Ansa)
Com o empate, a Inter se mantém em sétima, agora com 37 pontos, 11 atrás do terceiro colocado, a Lazio, além de poder ser ultrapassada por Catania, Palermo e/ou Chievo na próxima rodada, dependendo dos resultados. O próximo confronto é justamente contra o Chievo, de quem ganhou na ida, no Giuseppe Meazza, por 1-0, com gol de Thiago Motta.

Já podemos dizer: "Adeus, Claudio Ranieri"? Ainda não (Foto: Getty Images)
Ficha Técnica
Local: Stadio Giuseppe Meazza (Milão – Lombardia – Itália)
Data/Horário: domingo, 04/03, às 16h45
Arbitragem: Domenico Celi (árbitro); Nicoletti e Alessandroni (assistentes); Tozzi (quarto)
Gols: Gómez (0-1), aos 20′; Izco (0-2), aos 38′; Forlán (1-2), aos 71′; Milito (2-2), aos 80′
Local: Stadio Giuseppe Meazza (Milão – Lombardia – Itália)
Data/Horário: domingo, 04/03, às 16h45
Arbitragem: Domenico Celi (árbitro); Nicoletti e Alessandroni (assistentes); Tozzi (quarto)
Gols: Gómez (0-1), aos 20′; Izco (0-2), aos 38′; Forlán (1-2), aos 71′; Milito (2-2), aos 80′
Inter (4-4-2/4-2-1-3): Júlio César; Nagatomo, Lúcio, Samuel, Zanetti; Faraoni (Sneijder), Palombo (Obi), Cambiasso (Poli), Forlán; Milito, Pazzini
Não utilizados: Castellazzi, Córdoba, Juan Jesus, Zárate
Técnico: Claudio Ranieri
Não utilizados: Castellazzi, Córdoba, Juan Jesus, Zárate
Técnico: Claudio Ranieri
Catania (4-3-3/4-1-4-1): Carrizo; Motta, Legrottaglie, Spolli, Marchese; Izco, Lodi, Almirón; Barrientos (Seymour), Bergessio (Ebagua), Gómez (Llama)
Não utilizados: Kosicky, Bellusci, Capuano, Ricchiuti
Técnico: Vincenzo Montella
Não utilizados: Kosicky, Bellusci, Capuano, Ricchiuti
Técnico: Vincenzo Montella
