O Pancho e o Pocho

Lavezzi foi o melhor da partida: mesmo tendo feito apenas um dos seis gols napolitanos, ele foi incrivelmente participativo, teve papel importante em vários gols e se movimentou muito, incomodando a defesa adversária.
Durante a década de 50, quem dominava o tênis mundial era o americano Pancho González. Com diversos títulos de Grand Slams e com oito anos como número um do mundo, o estadunidense foi marcante para o esporte e foi o pioneiro em sua época. Vários títulos o deixaram na seleta lista dos melhores tenistas da história.

Mas o que que o jogo do Napoli tem a ver com tênis? Apenas uma coisa: o placar. Um 6 a 3 digno de US Open foi o resultado de Napoli x Cagliari. E Pocho foi o jogador que fez com que este placar acontecesse. Aliás, Ezequiel Lavezzi (também conhecido como Pocho) tem sido o principal jogador da equipe napolitana e ontem, novamente, foi brilhante.

Mesmo com alguns jogadores poupados, o time azzurri, no San Paolo, simplesmente humilhou seu adversário em um jogo espetacular. Como esperado, Mazzarri escalou a equipe novamente em um 3-4-1-2, mas desta vez com Lavezzi e Pandev no ataque, já que Cavani fora poupado. Além dele, Maggio também começou no banco e Dzemaili, que vinha sendo titular, deu lugar a Inler.

O início já foi arrasador, um prelúdio do que estava por vir. Bastaram dez minutos para que Marek Hamsik abrisse o placar para os partenopei, em chute de fora da área. Até aí, podíamos destacar a agilidade a eficiência do time da casa, principalmente com Lavezzi, que corria e participava muito. Além disso, o argentino ainda era o homem das bolas paradas. E foi em uma cobrança de falta feita por ele que o Napoli chegou ao segundo gol. Pocho levantou na área e, livre de marcação, o zagueiro Paolo Cannavaro cabeceou para o chão para ampliar a vantagem.

Mesmo com a vantagem, o time seguia com o controle da partida. Só os napolitanos iam para o ataque e, estavam muito mais perto de fazer o terceiro do que de tomar o primeiro. A pressão seguia e Lavezzi ia impiedosamente para cima dos rossoblú, que viram seu zagueiro David Astori marcar contra ao desviar cruzamento do argentino, após boa jogada, para o lado errado.

Eram trinta minutos de jogo e um três a zero no placar. O Napoli jogava incrivelmente bem e, mesmo com a boa fase, tamanha eficiência era quase que inexplicável. Tudo bem que o time vinha de cinco vitórias seguidas, mas nada justificava uma atuação tão boa quanto aquela. Tinha tudo para ser uma goleada histórica.

Se bem que o Cagliari teve seu momento de esperança. Larrivey marcou após cruzamento da direita e diminui a vantagem napolitana antes de o primeiro acabar. Quando o intervalo chegou, a vitória não estava tão definida quanto estivera, se olhássemos o placar. Mas pela bola que o time da casa estava jogando, era quase impossível que tomasse uma virada.

E isso ficou ainda mais evidente na segunda etapa. Quem esperava que o gás fosse acabar teve uma grande surpresa, afinal os primeiros minutos foram de mais pressão napolitana. E quem vinha sendo o melhor do jogo teve a chance de se consagrar. Após boa jogada, Lavezzi disparou e sofreu falta claríssima dentro da área. Ele mesmo foi para cobrança e transformou a vitória em goleada.

Depois de ter acabado com o jogo, o argentino foi sacado, já que, com certeza, será peça fundamental no jogo contra o Chelsea, nesta terça, pela Champions League. Em seu lugar, entrou outro jogador importantíssimo e que é, juntamente com o próprio Pocho, o melhor e mais importante da equipe. Edinson Cavani entrou e começou de forma até discreta, mas apareceu fazendo ótima jogada e tocando para seu compatriota Gargano bater para o gol de forma bonita. E quando a fase é boa, até o Gargano faz gol...

Isso já decretava uma bela vitória. Cinco a um é um placar que não se vê todo dia, é uma goleada humilhante. Cinco a dois também. Mas não era nisso que Larrivey estava pensando quando marcou seu segundo gol, novamente de cabeça.

Independente do gol do time adversário, o resultado já estava completamente definido. Pelo ímpeto e pela qualidade do Cagliari, além da falta de tempo, era impossível qualquer reação. O jogo já era do Napoli há muito tempo. E era goleada.

Não obstante a isso, Maggio ainda marcou mais um gol para definir uma goleada histórica e premiar a boa fase do time, agora com seis vitórias seguidas e uma sequência de boa atuações. A nota triste ficou para Larrivey, que marcou mais um. Ele só tinha um gol no campeonato e, quando marcou três, tomou seis. Que fase...

Agora o Napoli se encontra em quarto, empatado em número de pontos com a Udinese e dois pontos atrás da Lazio, mas com um jogo a mais que esses times. Porém, o foco agora é no importantíssimo jogo pela Champions. Hora de fazer ainda mais história.

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