Mudanças pontuais

A dupla Lavezzi/Cavani foi a novidade do jogo. E não podia ter surtido melhor efeito. Um gol para cada.

Por João Pedro Almeida, @tdsobreocalcio

Para o jogo contra o Parma, o técnico Walter Mazzari resolveu fazer algo que não fazia há tempos: mudar o esquema. E talvez não fosse o momento oportuno para mudar. Com o time em franca ascensão, uma mudança poderia acabar freando o ímpeto napolitano. Mas não foi bem assim.

Abandonando o 3-4-3 de sempre, Mazzari foi a campo com um 3-4-1-2. Uma mudança sutil, mas que surtiu um baita efeito, afinal, ao abandonar o trio ofensivo com Cavani na frente e Lavezzi e Hamsik caindo um pouco mais pelas pontas, o treinador mudava o estilo de jogo do time, ofensivamente falando. Ao invés de ficar com o uruguaio isolado na frente, o Napoli ficou com Hamsik centralizado um pouco mais atrás, servindo a dupla de ataque formada por Lavezzi e Cavani. O argentino, que geralmente caía como um ponta pela esquerda, ficou, não só de atacante, como de atacante pela direita.

O ataque sul-americano dos partenopei lutava fora de casa, no estádio Ennio Tardini, contra um Parma bem organizado e que tinha em Giovinco seu grande destaque. O atacante, que fora um dos melhores jogadores da Azzurra no amistoso contra os Estados Unidos, carrega o time nas costas há algum tempo. Um 3-5-2 bem armado contava também com bons jogadores como Gallopa, Modesto e Zaccardo, além do bom goleiro Mirante.

E o jogo já começou muito bom. Com chances para ambos os lados, o Parma até chegava mais e conseguia mais escanteios e mais posse de bola. Porém, prevaleceu a habilidade do ataque latino. O protagonista da dupla, o craque Edinson Cavani, sofreu pênalti que ele mesmo foi cobrar. Foi pra bola e parou em Mirante. A cobrança não foi boa, não foi nem no meio nem no canto e o bom arqueiro do time adversário espalmou, para a sorte de Cavani, que no rebote da cobrança mandou para o gol.

E com o gol, logo no fim do primeiro tempo, o jogo voltou outro no segundo. A peleja, que já estava violenta e recheada de amarelos, ficou mais pegada e o Parma foi mais para cima. Com mais cartões e escanteios, a partida ficava indefinida e com o time da casa em cima.

Toda a pressão e posse de bola resultou em gol. Após cobrança de escanteio, Paletta bateu de primeira e a bola foi na mão de De Sanctis que (por incrível que pareça) falhou e largou a redonda nos pés de Zaccardo, que só teve o trabalho de fuzilar o gol napolitano.

Com o gol, o Parma se impôs ainda mais em busca da virada. Com a burocracia do time napolitano, a vitória parecia muito próxima. O time foi para cima e se abriu. Erro fatal. Com uma dupla de ataque como Lavezzi e Cavani do outro lado, se abrir é o maior erro que você pode cometer. E não deu outra. Cavani correu, tocou para Lavezzi, que, meio desequilibrado, bateu no cantinho, tirando o goleiro da jogada.

Com o gol, os gialoblú, sem acreditarem no que acontecera, foram para cima e ainda conseguiram mais escanteios, mas nada que impedisse o Napoli de sair com a vitória e ficar mais perto da zona da Champions League, principalmente com o empate da Udinese. Agora, o sonho fica cada vez mais próximo. Já são cinco vitórias seguidas dos partenopei, sendo quatro no campeonato. Já seu adversário segue com duas vitórias nos últimos dez jogos e a décima-sétima colocação.

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