Truncado


Por João Caniço 



A Juventus dominou praticamente toda a partida no Marassi, mandou três bolas na trave, viu o goleiro adversário faz três defesas impressionantes, teve dezesseis escanteios a favor e, como se tal não bastasse, ainda teve um gol legal anulado por impedimento. O que falta a esta equipe para marcar gols? Um pouco de sorte? Com certeza. Confiança no momento da finalização é outro fator determinante, mas falta, sem dúvidas, na Juventus o tal craque artilheiro, que não perde gols e é decisivo.

O diretor desportivo, Giuseppe Marotta, já o admitiu publicamente nos últimos dias. É certo que a vecchia signora tem boas opções ofensivas, mas nenhuma delas esta no nível de um Ibrahimovic. Esta é, sem dúvidas, a grande diferença entre o elenco dos bianconeri e dos rossoneri para esta temporada.

Conte, suspenso após a expulsão no jogo contra o Bologna, assistiu o jogo nas tribunas  do  Estádio Luigi Ferraris, cabendo ao seu auxiliar, Angelo Alessio, a orientação da equipe desfalcada no setor defensivo devido à suspensão de Bonucci e às lesões de Barzagli e Chiellini, o que obrigou ao recuo de Vidal para o centro da zaga, onde formou uma dupla sul-americana com Cáceres, abrindo espaço para a titularidade de Giaccherini na meia esquerda. 

No primeiro tempo, os bianconeri apresentaram um futebol de qualidade e pressionaram o rival Genoa, que apostava nos contra-ataques. Desde o início do jogo Frey mostrou estar em tarde inspirada, verdadeiramente intransponível, como quando defendeu finalizações perigosíssimas de Pepe e Marchisio. Buffon não ficou atrás, defendendo espetacularmente finalização de cavadinha do atacante argentino Palacio logo nos minutos iniciais. 

O panorama da peleja não se alterou na etapa complementar, com pressão juventina. No segundo tempo se iniciou um verdadeiro festival de bolas na trave, com o principal protagonismo para Vucinic, que cabeceou primeiro na trave e depois no travessão. Depois foi a vez de Pepe desviar um cruzamento de Pirlo para a mesma trave de Frey. Azar tremendo para os bianconeri. Três bolas na trave em menos de 10 minutos é dose!

Como se a falta de sorte não fosse suficiente o árbitro auxiliar acabou anulando um lance legalíssimo de Pepe, que completou cruzamento de Giaccherini. Só que desta vez o atacante italiano conseguiu fazer o gol e a Juve, assim, tem razões plausíveis para questionar a arbitragem. Ambas as equipes reclamaram de penalidades a seu favor em lances bastante duvidosos que Rizzoli deixou seguir.

Alessio tentou pressionar nos 15 minutos finais e pôs o inoperante Elia e o capitano Del Piero em campo, mas o Genoa passou a defender com uma surpreendente maior facilidade, jogando contra a ansiedade juventina para marcar seu gol, que permitiam cada vez mais transições rápidas aos grifoni. Numa delas, Kaladze obrigou Buffon a defesa difícil. Borriello nada acrescentou e assim a Juventus somava novo empate, ficando a quatro pontos do líder Milan.

Perante tamanha sequência de empates (seis nos últimos sete jogos) torna-se conveniente olhar pelo retrovisor e verificar que os mais diretos perseguidores (Napoli, Lazio, Udinese e até a dupla Roma-Inter) têm crescido e recuperado terreno nas últimas rodadas, melhorando sua pontuação. Muitos dão como certa a classificação bianconera à próxima Champions League, mas é melhor Conte e seus comandados abrirem o olho, pois podem terminar o Campeonato invictos mas sem ao menos uma vaga à UCL.

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