
A diferença da Inter que joga na Champions League para a que joga a Serie A do Calcio é impressionante! Em 4 jogos na Champoions, foram 3 vitórias e uma derrota; 9 pontos conquistados de 12 disputados. Já em 9 jogos do Italiano, foram 2 vitórias, 2 empates e CINCO derrotas; 8 pontos conquistados. O dado impressionante em todos esses fatos é que a Inter na UCL já tem mais do que a Inter na Serie A! Impressionante!
Agora vamos ao jogo:
Nada como uma vitória no Giuseppe Meazza para acalmar. E quando é uma vitória merecida, as coisas se tornam ainda melhores.
Por que vitória merecida? Está certo que jogaram mais preocupados em tirar os espaços do time francês e sair nos contra-ataques, mas basta olhar os números. O Lille conseguia criar, mas não finalizava, pois não passava pelo paredão nerazzurro. E na base dos contra-ataques, a Inter levou muito mais perigo. Foram sete finalizações “certas” da equipe ‘Beneamata’, e apenas quatro dos Dogues.
O primeiro gol veio com Samuel. Numa cobrança de escanteio de Sneijder, muito bem batida por sinal, onde o zagueirão argentino, voltando de lesão, subiu mais alto que todo mundo e fez 1 a 0. Isso aos 18 minutos de jogo. O Lille continuava a trocar passes no campo da Inter, mas não aproveitava as chances que tinha, enquanto a Inter a cada contra-golpe tinha uma chance de perigo real, infelizmente faltou pontaria a Milito e Zárate, que aliás, não é de hoje que isso vem acontecendo, até com ‘Il Pazzo’Pazzini.
Na volta dos (belos) vestiários do Giuseppe Meazza, a Inter continuava a tirar os espaços para o Lille finalizar, que já não conseguia criar como na primeira etapa. O segundo gol aconteceu aos 20 minutos. Em uma jogada espetacular de ‘Il Capitano’ Zanetti, passando por pelo menos três defensores dosDogues, cruzou na área, e Milito enfim tirou a “inhaca” e fez o 2 a 0. A partir daí, Ranieri sacou um “baleado” Sneijder, para a entrada de Álvarez. O argentino até que entrou bem na partida, atuando como o meia-direita do 4-4-2, e não mais o 4-3-1-2 (usado quando o camisa 10 estava em campo). Depois quem saiu foi Zárate, em seu lugar o poupado Pazzini.
Pouco depois, aos 38 minutos veio o gol do Lille. Numa falha grotesca de Lúcio e Stankovic, a bola sobrou para Túlio de Melo, tocar por cima de Castellazzi e diminui a vantagem. O time francês passou a pressionar a fim de buscar o empate, mas não conseguiam finalizar com eficiência. Ainda deu tempo para a saída do aplaudidíssimo Diego Milito, onde Obi entrou em seu lugar, a fim de fechar o meio, e conseguiu. Foi só esperar o apito final do alemão Wolfgang Stark.
Essa foi a palavra de Ranieri após o jogo: ”O mais importante desta noite foi a vontade de ganhar da equipe. Fizemos um jogo muito bom e agora temos nove pontos, pelo que estamos quase qualificados. Tem sido uma época difícil para nós, mas não vamos desistir e quero reforçar isso. Milito criou muitas oportunidades neste jogo e ajudou a equipa. Nunca pensei em substituí-lo. Ele tem muita vontade e estou feliz por ter finalmente marcado. É o jogador que ajudou a Inter a ganhar a Champions League (2009-10, quando marcou seis gols em 11 jogos, dois deles na final), por isso merece respeito. Jogamos contra uma equipa muito boa. O Lille já não perdia fora um jogo europeu há quase um ano, pelo que se trata de um adversário complicado de defrontar”.
Mais três pontos garantidos no Grupo B, e classificação já praticamente encomendada. A Inter volta a jogar pela Champions League somente no dia 22 de novembro, quando irá até a Turquia pegar o Trabzonspor, que empatou em zero com o CSKA.
Ficha Técnica
Local: Stadio Giuseppe Meazza (Milão – Itália)
Data/Horário: 2 de outubro, às 17h45
Árbitro: Wolfgang Stark (Alemanha)
Cartões amarelos: Samuel (Inter); Béria, Rozehnal (Lille)
Gols: Samuel (18′ 1ºT), Milito (20′ 2ºT), De Melo (38′ 2ºT)
Internazionale: 12 Castellazzi; 4 Javier Zanetti (C), 6 Lúcio, 25 Samuel, 26 Chivu; 5 Stankovic, 8 Thiago Motta, 19 Cambiasso; 10 Sneijder (11 Ricky Álvarez); 28 Zárate (7 Pazzini), 22 Diego Milito (20 Obi)
Técnico: Claudio Ranieri
Lille: Landreau; Debuchy, Rozehnal, Chedjou, Béria; Cole (Payet), Mavuba, Pedretti, Hazard; Sow (Obraniak), Jelen (De Melo)
Técnico: Rudi Garcia
