Nem San Paolo salva

Vargas ainda não fez um grande jogo com a camisa do Napoli, mas movimentou um pouco mais esse duelo monótono 
Por João Pedro Almeida, @tdsobreocalcio

Não, não é nenhum santo italiano que costumava fazer a diferença para o Napoli, e sim sua fanática torcida, que sempre lotou o seu estádio, o San Paolo, para incentivar seu time e o levar à vitória. Foram vários jogos em que o "fator casa" prevaleceu e fez os partenopei ganharem. E jogos difíceis. Milan, Udinese e Manchester City estão entre as vítimas do "santo estádio". Mas agora, que a fase é ruim, nem o santo nem o estádio salvam o time. Mazzari e seus comandados amargaram mais um péssimo resultado. Um zero a zero em casa contra o fraco Cesena foi mais um plcar que fez da Champions League um sonho quase impossível. O pensamento da vez é "Agora só nos resta a Liga Europa". E olhe lá! Detalhe: mais uma vez os resultados foram favoráveis. Roma perdeu e Inter e Palermo empataram.

O jogo em si foi um verdadeiro sonífero. E ao contrário do que aconteceu na rodada passada, desta vez não houve a desculpa de que o time era reserva. Na verdade, o ataque era. Porém, Maggio, Inler e Cavani foram a campo no mesmo esquema do jogo contra o Genoa. Os sentidos desfalques eram Hamsik e Lavezzi, que foram substituídos por  Dzemaili e Pandev, respectivamente. De qualquer maneira, o início de jogo não foi nada animado. Nem o jogo.

O mesmo 3-4-3 da última rodada mostrou o mesmo futebol burocrático e sem resultados. O primeiro tempo não empolgou ninguém e ambas as equipes foram para o intervalo após um péssima primeira etapa. Quando começou o segundo tempo, o Napoli tinha tudo a seu favor. As estatísticas anteriores à peleja já favoreciam os azzurri. Nos últimos onze jogos entre as duas equipes, tinham sido sete vitórias do time de Nápoles, com quatro empates. Além do mais, a entrada de Hamsik e Vargas eram evidentes e dariam gás novo ao jogo. Já Lavezzi nem fora relacionado para a partida.

E logo no intervalo, o eslovaco entrou na vaga de Inler, o que fez Dzemaili se juntar a Gargano no meio. E nada mudou. Na verdade, Hamsik levou amarelo três minutos após entrar em campo, o que desencadeou uma série de jogadores admoestados. Em um intervalo de sete minutos, Britos, Gargano, Rafael Martinho e von Bergen também foram amarelados. O jogo foi violento, mas sem emoção. 

Mazzari até tentou, mas não conseguiu mudar isso. Zuñiga e Vargas entraram nas vagas de Britos e Dossena, respectivamente e fizeram do esquema um 4-2-3-1. O colombiano e chileno até ajudaram a pressão napolitana a aumentar. O time, mesmo sem grande consistência, estava mais em cima e isso ficou ainda mais evidente. No final, os setenta por cento de posse de bola e as onze finalizações a mais não fizeram do Napoli vencedor. Ambas as equipes saíram do estádio com um ponto, o que foi um péssimo resultado. Para o Cesena, todo empate é um mau resultado na briga contra o rebaixamento, mas um empate no San Paolo, sendo dominado não é tão ruim assim.

Ao Napoli resta guardar as forças para o jogo mais importante neste futuro próximo, no dia 21, contra o Chelsea, pela Champions League. Porque a Serie A tá difícil...


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