Jogos históricos: Napoli x Stuttgart (2ª parte)

Veja aqui a primeira parte
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Por João Pedro Almeida, @tdsobreocalcio

Após um jogo emocionante, o Napoli foi à Alemanha com a vantagem do empate. O cenário era o Neckarstadion, estádio do Sttutgart à época. A peleja conseguiria envolver mais tensão que outra, além do mais, era obrigação para os italianos ganhar a Copa. Isso porque, com o favoritismo e a vantagem do empate, perder seria uma grande decepção.

Ambos os times iam com força máxima. Desta vez, quem tinha a vantagem da torcida eram os alemães, apesar da surpreendente presença massiva de italianos no estádio. Aquela era a hora. Era a hora da afirmação europeia, que o Napoli jamais conquistara em toda a sua história.

E se um italiano havia aberto o placar em Nápoles, quem tratou de fazer isso em Stuttgart não foi um alemão, mas sim o Alemão. E mesmo assim, um gol brasileiro. Após belíssima tabelinha com o também brazuca Careca, o jogador saiu na cara do gol e bateu. Immer tocou na bola, mas a redonda, de forma dramática, entrou.

O título estava na mão. Os napolitanos, aflitos, viam que tudo conspirava a favor do time italiano e que seu primeiro título internacional estava perto de sair. Porém, se o Napoli tinha Maradona, o Stuttgart tinha Klinsmann. E foi o então promissor jovem quem empatou, em cabeçada após cobrança de escanteio

Naquela hora, mesmo com a taça na mão, a missão azzurri era um pouco mais dificultada. O time não podia se dar ao luxo de tomar mais um gol sequer sem marcar. E foi aí que seu principal zagueiro entrou em ação. Mas não do jeito que se esperava. Ciro Ferrara foi o responsável por aliviar os corações napolitanos com um gol após cruzamento de cabeça de Maradona.

Com isso, tudo ficou bem mais tranquilo para intervalo. A missão dos alemães era hercúlea, porém, não era impossível. Com isso, os italianos precisavam de um gol para se estabilizarem de vez e poderem comemorar o título.

Todavia, tudo indicava que o gol não sairia. O técnico Ottavio Bianchi optou por um esquema defensivo, contendo o adversário para que ele não chegasse à meta de Giuliani. A partida ia ficando mais tensa e cada vez mais o time da casa passava a tomar conta do jogo. Porém, um contra-ataque mudou tudo. Foi a hora de os dois principais jogadores do time entrarem em ação.

Após contragolpe em velocidade, Maradona fez boa jogada e serviu Careca, que, livre, deu um bonito toque por cima do goleiro para liquidar a fatura. Aí o título já era napolitano e o adversário começou a ficar desesperado. E foi no desespero que a esperança voltou. Em chute despretensioso, De Napoli tentou dominar a bola e fez um gol contra.

Empolgados, os alemães voltaram a ficar em cima. Aos oitenta e nove minutos de jogo, Schmaler, que entrara na segunda etapa no lugar de Walter, marcou e deixou os napolitanos tensos. O time voltou a se fechar e ser pressionado. Um saudável susto para a fanática massa napolitana, que, após o apito final, pôde, pela primeira vez em sua história, comemorar um título internacional! 

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